"IN PECTO”: DILMA E SERRA.
POR QUE DISCUTIR, ENTÃO, QUEM É O “MENOS PIOR”, SE AMBOS SÃO OBEDIENTES A ESSA FORÇA TRANSNACIONAL E FARÃO “TUDO QUE SEU MESTRE MANDAR” ?Caros amigos patriotas:
Tenho acompanhado dos Estados Unidos, onde me encontrava até ontem, em viagem de pesquisas, estudos e contatos, toda a acalorada discussão que se trava, no Brasil, acerca de em quem devemos votar para presidente do Brasil, se em Serra ou em Dilma. Lá também haverá eleições (parlamentares), em breve, e as discussões se parecem, cada vez mais, com as travadas no nosso país. Nada a estranhar. Afinal, cada vez fica mais claro que os modelos de submissão popular aplicados aqui, lá e acolá, e suas nefastas conseqüências, são os mesmos, gerando reações semelhantes entre os eleitores.
Não obstante, durante essa minha ausência li toda a sorte de argumentos em prol, e contra, as candidaturas de uma e de outro, defendidos ou atacados, apaixonadamente, segundo as convicções de cada debatedor.
A meu modesto ver, convidado a mais esta vertente da mesma interminável discussão, pela cópia abaixo, que me foi enviada por um dos ilustres debatedores (aos quais desconheço pessoalmente), não me furtarei em dar a minha despretensiosa opinião, a de que todos têm um pedaço da verdade e a defendem, com unhas, dentes e muita competência, mas cometendo um mesmo deslize fundamental: Desconhecem, ou consideram irrelevante neste momento, o fato de que ambos os candidatos são totalmente gratos ao sistema de poder internacional que nos governa e explora, por vias transversas.
No tempo dos governos militares, os chamados, pejorativamente, de “anos de chumbo”, se dizia que a disputa presidencial era feita apenas entre generais de quatro estrelas e, portanto, não passava de um jogo de cartas marcadas. Saudosos tempos em que, ao menos, as candidaturas se faziam entre profissionais intelectualizados, todos de carreira idônea, simultaneamente submetidos aos rigores da caserna, com inteiro respeito à hierarquia e à disciplina, aos preceitos do patriotismo, da lei, da honestidade, da ordem e da honra, dependentes dos resultados positivos nos cursos severos que lhes balizavam a ascensão nas respectivas carreiras...
Enfim, gente de escol, com passado e trajetórias plenamente conhecidas e registradas em livros de ouro... Sob tais circunstâncias especialíssimas, não havia o mínimo risco de o Brasil ser entregue a gangues de despreparados, emergentes dos submundos e ‘bas-fonds’ mal cheirosos, arrivistas e pelegos ávidos pelo poder e pelas boquinhas destinadas aos aparelhados do partido... Nada de analfabetos funcionais, de demagogos oportunistas, de sindicalistas de portão de fábricas ou agitadores profissionais das esquinas e dos aparelhos clandestinos, subversivos da lei e da ordem, assassinos, assaltantes, meros ladrões de bancos e cofres particulares, seqüestradores de diplomatas ou de aeronaves em pleno vôo... Ordem e progresso, o lema da bandeira verde e amarela, não era um mero slogan de propaganda. Eram Objetivos Nacionais Permanentes.
O vermelho das bandeiras comuno-socialistas, bem, o vermelho-sangue da agitação estava totalmente fora de moda... Quanta diferença... A “redemocratização” do país nos trouxe à situação presente, um sujo jogo de cartas ainda mais marcadas, ensebadas por mãos imundas, jogado por quadrilhas que disputam palmo a palmo os nacos de poder, embora sirvam aos mesmos senhores internacionalistas... Como confiar, hoje, nos marginais de ontem, entregando-lhes o governo do estado, o destino do povo e a chefia de instituições basilares, como as Forças Armadas?...
Os membros dessas e de outras, ainda honradas, instituições nacionais, continuam a ter o mesmo desempenho do passado, mas doravante terão de se submeter e obedecer a ex-condenados, anistiados de seus crimes e agora exaltados como heróis da Pátria, elevados às imunidades parlamentares e presidenciais pelo sufrágio de um eleitorado majoritariamente influenciado e teleguiado por uma mídia orquestrada, iletrados que desconhecem os princípios básicos da nacionalidade, deixando-se seduzir por discursos populistas, continuístas e pelas gorjetas distribuídas ao final de cada mês. Ficam tão felizes com as lembrancinhas, mesmo sem saber que essas gorjetas representam menos de dez por cento das boladas substanciais distribuídas à gangue do Poder Secreto, embolsadas pelas mãos dos banqueiros e investidores internacionais, ou dos seus endeusados testas-de-ferro, os que ganham sem nada fazer e sem nenhum risco, acobertados que são pelo sistema financeiro oligárquico, administrado pela quadrilha de bancos centrais privados e independentes ou autônomos, e pelos seus respectivos “Comitês de Política Monetária”, todos entronados mundo afora e sem um único e escasso voto popular, orientados e instruídos que são, diretamente de Basiléia, na Suíça, pelo BIS, o pai e mentor de todos eles....
A chamada “política monetária responsável”, introduzida na calada da noite na Constituição-Cidadã, sem voto do plenário constituinte, a de 1988, que restituiu o poder aos civis, chega ao cúmulo de proibir o Banco Central do Brasil que financie o Tesouro Nacional, sem custos financeiros, obrigando o nosso país e o nosso povo a buscar financiamento na banca privada (a que cria seu dinheiro do nada, apenas contra admissões de dívidas) aos juros extorsivos “de mercado”, taxas, curiosamente, definidas pelo próprio Banco Central e seu COPOM, um colégio de cardeais ungido, naturalmente, por inspiração divina em Brasília, quando o Espírito Santo baixa na Esplanada dos Ministérios, entre baforadas de cigarrilhas holandesas e goladas de caninha 51 (ou de uísque escocês e champanhe francesa, conforme a ocasião e o gabarito dos convidados).
Com isso, a nossa maravilhosa política financeira nos tem assegurado, conforme as mentiras oficiais do dia a dia, uma economia sólida e superior à do resto do mundo, mas que esconde no bojo de tantas maravilhas uma dívida de dois trilhões de reais.... Ah, essa dinheirama toda nas mãos dos nossos ex-presidentes militares, quantos milagres teria produzido para e pelo Brasil...
Temos, segundo a crença geral e as mentiras oficiais, uma sólida economia que, entretanto, para se sustentar e garantir o curso da moeda e cobrir os déficits do Tesouro Nacional, naturalmente gerados pelos juros monumentais (mas sempre atribuídos, pela mídia colaboracionista, aos governos gastadores e aos déficits da Previdência) que o nosso generoso Banco Central estabelece, chutando a bola contra o próprio patrimônio, a moeda brasileira tem que pagar juros institucionais de 10,75% ao ano, ou, na boca do caixa, mais de 20% ao mês para quem precisa de dinheiro emprestado para sobreviver...
Maravilhosa política que ambos os candidatos prometem manter intocada, para sofrimento do povo e alegria incontida da oligarquia financeira planetária e de seus beneficiários exclusivos, sempre ocultos nas sombras.
Por isso, não votarei nem em um nem na outra, pois antevejo as conseqüências que virão, já a partir da próxima segunda-feira, quando serei o primeiro opositor de quem vencer o pleito. Por isso mesmo, jamais recomendo ou recomendarei, a quem quer que seja, de que forma e em quem deva votar. Que cada um seja responsável por seus próprios atos...
Sou e serei, sempre, um democrata que nasceu brasileiro e deseja morrer brasileiro. Não um mero cidadão do MERCOSUL, como já consta do nosso novo passaporte, emitido pelo governo civil dos extremados patriotas sócio-comunistas.
E, devo dizer aos ilustres debatedores: Votem em quem desejarem, mas não procurem exaltar os feitos de um ou de outro lado, como fazem nos textos abaixo. Os argumentos em prol de ambos os candidatos são todos falaciosos, na imensa maioria mentiras travestidas de boas intenções, e, certamente, não são do maior interesse pátrio... Já os argumentos contrários à eleição, tanto de Dilma quanto de Serra serão, quase sempre, a expressão da mais pura verdade.
Os oligarcas que nos controlam já têm mais esta eleição no bolso e não param de celebrar, às gargalhadas, mais quatro anos de vacas gordas que terão pela frente....
Ah! E também nos agradecem pelos bate-bocas, pelos argumentos e discussões de parte a parte, que darão consistência e legitimidade à farsa montada...
armindo abreu